quinta-feira, 9 de julho de 2009

Fim dos tempos

Hoje, vivemos em um mundo onde todos gostam dizer que estamos no topo da evolução da inteligência humana.
Considero o topo da inteligência humana, o momento em que o homem vai parar de olhar para os objetos e começar a olhar para si mesmo.
Sofremos um processo muito longo onde todos os fatos contribuíram para estarmos desse jeito. Desde a Revolução Gloriosa na Inglaterra, onde se deu inicio ao modelo chamado Liberal, o homem esqueceu seus princípios e começou a preocupar-se com o sucesso perante a sociedade.
O sucesso tão almejado pelas pessoas, só pode ser alcançado a partir da derrota do outro. Nunca teremos um sucesso ”geral”, pois vivemos em um mundo selvagem, em um mundo de competições. Nesse mundo, só os melhores vencem, os mais fortes; e os outros que por algum motivo não conseguiram adquirir a força exigida para tal competição, estão fardados a segurarem o sistema em suas costas. Limpando o lixo deixado por aqueles que venceram. Muitas vezes os “perdedores” são descartados, como se não fossem necessários. Pois são necessários. A necessidade da desigualdade é o que gere o mundo. E não adianta pensarmos que estamos melhorando, pois não estamos. Enquanto aprovamos pacotes de trilhões de dólares para salvar o jantar de quem já esta com a barriga cheia, somos incapazes de ceder algumas dúzias de milhões para salvar o jantar de quem nunca teve uma refeição decente na vida.
Diante de uma situação controversa como essa; ainda temos que lidar com uma coisa chamada corrupção, e não a dos políticos, estes já estamos cansados de saber; mas a corrupção da sociedade perante aos problemas apresentados. Sempre sonhamos com vidas melhores, e quando recebemos esmolas daqueles que nos dominam, nos damos por satisfeitos. É puramente um jogo de fantoches, mas os fantoches somos nós, e os jogadores são aqueles que representam a minoria dominadora do sistema. Fantoches não têm vida própria, muito menos vontade própria. Fazemos o que somos incumbidos de fazer, damos continuidade ao nosso papel, sempre inquietos, mas incapazes de sairmos dessa situação; assim como os fantoches.
Desse modo o mundo anoitece, amanhece, e envelhece. E a ganância humana coloca em risco o que há de mais belo na vida: as relações. Somos massacrados pela responsabilidade de ser um vencedor. Esquecendo da responsabilidade social, da preocupação mútua. Devemos mudar enquanto ainda há um pensamento que não seja individualista, mas o tempo esta acabando.

Bruno Guariento Barbosa Braga.

5 comentários:

  1. é meu caro amigo bruno, sabemos que não vou apoiar suas ideias né !? auheuahe
    é uma pena, apesar que admiro sua posição.
    respeito, pois creio que existe diferentes linhas de pensamento, uma você expôs parcialmente, que é a que valoriza o interior, as relações, a humildade, outro caminho valoriza a supremacia, a vitória e o lucro.
    Quando diz que não há um sucesso "geral", creio que é necessário isso, pois sucesso só se dá perante uma diferenciação e esta é indispensável para a sociedade.
    Quanto aos pacotes da crise aos quais fez mensão, se os bilhções não fossem liberados para salvar as empresas de quem está com a "barriga cheia" milhões perderiam seus empregos, e ai sim a coisa ficaria feia.

    Em ralação ao texto já o havia lido e te falado que está muito bom, você escreve bem, e é muito inteligente, pena que contempla ideias "diferentes" auehuaheuahe abracos,
    Manoel Netto Rodrigues

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  2. ps. nao tenho nem ideia de onde veio esse descobrimente

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Netto,quando critiquei a questão dos pacotes da crise,nao disse que eles nao foram necessários.A questão é que quando o sistema está em jogo,pacotes trilhonários sao aprovados da noite para o dia.Mas quando são pessoas morrendo de fome todos os dias,nenhum pacote é aprovado.Minha crítica é em relação a isso.
    Em relaçao ao sucesso geral,creio sim que é possivel.Mas não da forma como nosso estado é administrado.Dentro do próprio sistema é possivel realizar mudanças vizando o benefício de todos.
    Abraços
    Bruno Guariento.

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  5. Bruno,
    Lindo texto, profundo e define quase que completamente exatamente o que penso. A competição existe e não pode deixar de existir, mas ela é exagerada nesse mundo capitalista. Nada importa além do dinheiro, os pobres sustentam os ricos e desigualdades aumentam.
    Fechamos nossos olhos para os problemas por que passam os necessitados. Para piorar a situação, o tempo está mesmo acabando. Estamos destruindo a natureza e nossa própria sociedade ao mantermos as desigualdades. Estamos quase no limite.
    Cara, foi mal eu ter demorado tanto pra comentar. Pensei que ja tinha comentado!!!
    Lucas C. Nogueira

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